segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Confissão



Da minha hipocrisia desvendo os meus medos
Tentei compreender mais do que podia,
Tentei ser quem não era,
Tentei amar mais do que poderia.
Dessa jornada ao qual chamam de vida,
Trago dissabores e amores.
Tem em meu peito a chama de amar o que não se conhece.
Tenho na alma a ventura de voar.
Do meu egoísmo e ciúmes desacreditados,
Trago a minha imperfeição.
Uso meus erros e desculpas para fugir,
Fingir que sou imortal.
Nada sou!
Exponho-me diante do mundo,
Mas sou incapaz de expor-me ao espelho.
Tenho minhas fachadas com singelas rachaduras.
Tenho escondidos os meus grandes e pequenos fantasmas.
Trago em mim todos os sonhos do mundo!
Sonhos sozinhos, sonhos juntos,
Sonhos vazios e mortais.
Sou alvo das minhas próprias escolhas e desejos.
E ainda assim insisto em ter a fé cega de acreditar em milagres. 





Ana P. Quitério



sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mãe de Luz




Não me gerastes em teu ventre,
Mas desde o dia de minha concepção nossos destinos foram traçados.
Não houve espera e nem renúncia,
E mesmo quando distante ainda esperavas por mim...
De tempo em tempo até a minha chegada.
Agora completas a minha alma,
Tu és carne de minha carne, sangue de meu sangue,
Tu és parte de mim!
A partir do momento em que me encontraste chamou-me de filha,
Mesmo sem conhecer o meu abraço.
Acolheu-me sem chamar-me de estranha.
Consolou-me sem tocar minha face, mas tocou-me o coração.
A ti mulher de luz, agradeço pelos embalos de meu sono em silêncio,
Pelo carinho e amor que me dispensas para aquecer meu coração,
Pelas orações tão bem ditas,
Por ser a minha mama, a minha mãezinha acolhedora,
Por ser a mulher que me aceitou e me amparou em minhas lutas!
Agradeço por você existir e por me amar sem distância e sem medidas!
Amo-te minha mama, minha mãezinha de minha alma!

Ana P. Quitério



Este poema dediquei a 2 amigas a quem chamo de mama e mãezinha virtual: Lita e Gê.