sábado, 31 de janeiro de 2009

Palavras


Palavras sem sentido
Logo tomam forma
Rabiscos, desenhos

Elas saltam do nada

Somem, fogem

Palavras buscam

Perguntam, questionam

Quer valor elas têm?

Tem valor de dor

Amor, solidão

Elas não gostam do papel ou à mão

Preferem o eletrônico

Surgem derrepente

Sem sentido, ou tem?

Confundem, distorcem

Apenas palavras...

Escrevo assim, por nada

Escrevo pelo mundo

Fico assim, pensando nelas

Que palavra mais escrevo?

DEUS!

São tantas...

Elas são sem limites

Inventadas, criadas

E me perguntam:

- Quem é o autor?

Este sou eu, que ainda busca palavras escondidas que façam sentido!

Ana Paula Quitério

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

My world


Meu paraíso de mentiras é a minha morada

Vivo da fantasia, do sonho, do nada.

Aqui é o meu lugar!

Meu refúgio do acreditar.


Vivo no mundo dos loucos,

Porque não conheço outro mundo, só os ocos.

Somente loucos ousam sonhar.

E esse aqui, realmente não é o meu lugar!


Dos desejos ocultos,

Meu porto seguro,

Venho minha sede matar!


Os pensamentos ilusórios,

De malicia e luxúria

São os que irei alimentar!


Só não me acorde!




Ana Paula Quitério









sábado, 17 de janeiro de 2009

Ontem


Ontem foi só mais um dia
Ela voltou?
O vazio assumiu forma de tristeza
Deitei me no chão frio,
Fiquei ali tempos
Apenas os observando
Amarelos e brancos!
Pensamentos vão e vem...
Minha voz os quer
Meu corpo apenas paralisado
Ah Deus! Arranca de mim isto!



Ana Paula Quitério

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Meu anjo


O meu anjo não tem asas brancas

Ele vem dia e noite me buscar

Meu anjo é meio torto

Tem seus vícios, meio louco

As suas asas são vermelhas

Ele vem me libertar...

Ele pisca os olhos quando passa por mim

O meu anjo não tem nome...

Um anjo louco veio me visitar

Nesta noite despiu se das asas

Não falava em rimas

Somente possuía um estranho brilho no olhar,

Seus olhos sobre mim pairavam

O que meu anjo veio me falar?




Ana Paula Quitério



terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Fantasmas


Desfaço-me das máscaras,

Pra ti sem segredos, sem medos...

Entre pernas, teus braços, abraços...

Na mente fértil mil lembranças inexistentes

E quando olho para mim,

Vejo me pensando em ti...

Estranho desejo, estranhos delírios...

E é assim que vou te buscar...

Nos caminhos de meus sonhos...

Teu corpo, teu cheiro, teus beijos,

Como fogo que marca a pele

Teu fantasma invade o meu quarto,

Exala teu perfume,

E me diz... Será que estou louca?



Ana Paula Quitério

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Ausente...???



Pobres infiéis que ainda ousam sonhar!

Infelizes criaturas submersas em ilusão...

Abra teus olhos! Veja teu mundo como ele é.


Espíritos excepcionais,

Nunca espere de volta o amor

Nem mesmo a devoção...

Não foste criado para ser reconhecido.


Vague por ai como um libertino!

Será a única rede que lhe prenderá enquanto for jovem,

Pois ao cair da noite em teu quarto a solidão lhe buscará.


Ao ver te no espelho

Encontrarás a imagem decadente que o tempo criou...

Nem mesmo tuas máscaras cobrirão mais teu rosto.

E o medo de encontrar-te face a face será o menor de teus males.


“É o fim!” – pensarás.