Morrer, dormir, não mais, termina a vida,
E com ela terminam nossas dores;
Um punhado de terra, algumas flores...
E às vezes uma lágrima fingida.
Sim, minha morte não será sentida:
Não tive amigos e nem deixo amores;
E se os tive, tornaram-se traidores,
Algozes vis de uma’alma consumida.
Tudo é podre no mundo! Que me importa,
Que amanhã se esboroe ou que desabe,
Se a natureza para mim é morta!
É tempo já que meu exílio acabe...
Vem, vem, ó morte! Ao nada me transporte
Morrer, dormir, talvez sonhar...Quem sabe!
Autor desconhecido, ou melhor desconheço o autor
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