Como diria meu tempo:
- Sou apenas uma metáfora esperando por ser decifrada.
Sobrevivente de encontros e desencontros,
E dos tropeços descalços.
Ainda que queira mudar, não deixo minha essência,
Meio inocente de ser menina-flor...
E assim desse jeito, por vezes,
Eloqüente ao quase inconseqüente sustento o doce aroma de um sonhador...
Assim como os ventos, brisas e tempestades,
Abrigo em meu peito uma tormenta...
Mesmo que de um jeito frenético,
Ao ponto de ter sentimentos tão patéticos,
Amores platônicos, amores efêmeros...
E como sonhadores irremediáveis,
Eis me aqui para defender nossa bandeira!
Mesmo na calmaria, tempestade ou em agonia,
Ainda temos o incrível o dom de sonhar.
Ana Paula Quitério