Terras alagadas dos sertões,
Escolhem ficar entre o fim do mundo ou no poço profundo.
De onde viriam? De onde vem essa devastação?
Recolhem-se os olhares reprimidos e as mãos calejadas;
É chagada a hora da partida.
Já não resta mais nada além de lama e solidão.
Por dentre vales perdidos ainda alguma esperança?
Sem rumo seguem pegadas em pleno deserto;
Miragens secas e paisagens ao “Deus dará”;
De onde vêm? Para onde irão?
Apenas de pés descalços ao chão...
E assim sopra o vendo sem direção...
Condutor dos viajantes sem paradeiro,
Destruidor dos rastros daqueles que por aqui ainda passarão...
Errantes seguidores desse caos;
Pequenos maculados por esse chão árido,
Tão cedo com destinos traçados entre ficar ou partir.
Ana P. Quitério
Fica aqui uma postagem para os sem paradeiro e para aqueles que sentem a incrível necessidade de partir...
Buscam por outros lugares e novos horizontes, buscar sair de onde estão e enfrentar o mundo, para aqueles que sentem no fundo de seu coração que no lugar onde estão não é realmente o seu lugar.