Da minha hipocrisia desvendo os meus medos
Tentei compreender mais do que podia,
Tentei ser quem não era,
Tentei amar mais do que poderia.
Dessa jornada ao qual chamam de vida,
Trago dissabores e amores.
Tem em meu peito a chama de amar o que não se conhece.
Tenho na alma a ventura de voar.
Do meu egoísmo e ciúmes desacreditados,
Trago a minha imperfeição.
Uso meus erros e desculpas para fugir,
Fingir que sou imortal.
Nada sou!
Exponho-me diante do mundo,
Mas sou incapaz de expor-me ao espelho.
Tenho minhas fachadas com singelas rachaduras.
Tenho escondidos os meus grandes e pequenos fantasmas.
Trago em mim todos os sonhos do mundo!
Sonhos sozinhos, sonhos juntos,
Sonhos vazios e mortais.
Sou alvo das minhas próprias escolhas e desejos.
E ainda assim insisto em ter a fé cega de acreditar em milagres.
Ana P. Quitério