segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Auto-retrato I

Tenho a face de louca,

Às vezes desbotada, outras, tão ávida.

Sou como chuva, calma e calada...

Ou como a tempestade que devasta sem deixar nada...

Penso que assim sou, em outras ocasiões,

Nem ao menos lembro me de meu nome.

Sou feita da própria ironia...

Meus caminhos tortuosos, tão cheios de encalços...

Mudo meu rumo no meio da esquina.

Olho para o espelho e me vejo em mil.

Tantas e tantas faces, qual delas será realmente a minha?

Na verdade, sou todas elas.

Uma a uma reconhecendo seu tempo.

Às vezes finjo, digo que não sou assim.

Mas como dizer que não se sou as mil em mim?

Fico olhando para o nada com uma expressão boba,

Sorrio, digo não ser nada...

Passam se segundos e aos meus olhos vêm lágrimas...

Indigno me!

Sou louca, sou apaixonada...

Revolto me em ser assim, mas amo ser as mil em mim!

Reconheces me? Acredito que não, já mudei tanto...

Aquela garotinha dá lugar a uma mulher, eu cresci.

Mas ela ainda habita aqui...

Faço poemas, loucuras, burradas, não gosto das métricas e regras,

Elas existem para serem quebradas!

Talvez eu seja uma exceção... Ou... Apenas mais uma entre as tantas...

Quanta pretensão, não?

Na verdade não importa!

O que sinto não muda a ordem nem os fatores.

O que vejo, sei que podes ver, vemos o que não esta aos nossos olhos.

E novamente me perdi!

Eis aqui meu mundo!

A mais pura confusão.

Minhas confissões ficam ocultas nas entrelinhas.

O meu ser, é assim, uma hora zomba, outrora foge de mim...



Ana Paula Quitério

Meu refúgio



Hoje caminhando por tuas ruas

Vi o quanto mudou

Lugares antes abandonados deram vida ao que antes não existia

Meu refúgio abandonado...

Por entre as imensas árvores onde cresci

Neste bosque em meio à confusão do dia-a-dia

Correndo por entre os eucaliptos, correndo até os barcos...

Há como é triste vê-lo abandonado assim...

O balanço que antes me embalava não existe mais

Agora somente uma gangorra de madeira, foi tudo o que restou...

Já não vêm mais aqui...

Ao te ver assim entristeceu me...

Mas alegro-me em saber ter as lembranças dos dias de sol que aqui vivi.

Os piqueniques, as brincadeiras, os beijos, os nomes nas árvores...

Aqui deixei meu coração!

E ao te reencontrar andei por todos os lados,

Busquei o passado...

Aqui é meu recanto, onde encontro a minha paz...

Deite-me na gangorra

Olhei para o céu e via a copa das árvores que pareciam tocar a tua imensidão.

Não pude evitar as lágrimas...

Ah como era doce observar os barcos a passarem de um lado ao outro da margem,

Como era bom sentar-me a areia, subir nos troncos e apenas olhar para o infinito que se estendia.

Fiquei horas ali,

Parada, em meio à chuva de verão que tocava minha face.

Aqui é meu refúgio, aqui meu lugar, minha paz.

Aqui encontro a Deus, a mim mesma, encontro meu amor...


Ana Paula Quitério


Obs: Não encontrei nenhuma foto do meu real refúgio, mas deixo a foto tirada da cidade (Carlópolis - PR) do alto da serra e apenas um pedacinho do outro lado do meu refúgio...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Meu amor não tem importância alguma



O meu amor não tem importância alguma...

Ele não tem nome nem sobrenome.

Não sei de seus caminhos,

Nem mesmo a cor de seus olhos...

Não sei de onde vem e nem para onde vai...

Pois meu amor não tem importância alguma...


Se caso venho cá,
Olho por todos os lados e tento apenas encontrar

Algo que ainda resta, algo ainda bom.

Uma ilusão que ainda me prenda,

Um suspiro ainda de leve,

Um sopro da esperança que guia...


O meu amor não tem importância alguma

Vem e vai da noite para o dia,

Chama, reclama, proclama, exclama,

Não sei onde quero chegar!

Ou melhor até sei, só não sei como chegar lá.

Ele não tem importância alguma...


Minha respiração pára.

Meu andar congela.

Qual a cor de teus cabelos a cobrir a face?

Eu não sei da confusão que se passa aqui!

Mas é outro dia,

E meu amor não tem importância alguma...

Ana Paula Quitério

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Seu cavalo pode Voar



"Não temas, crê somente" (Marcos 5:36)

Um poderoso rei condenou um humilde súdito à morte.
O homem, prestes a ser executado, propôs e teve a concordância do rei, permiti-lo ensinar o cavalo real a voar.

Caso não conseguisse, no prazo de um ano, então sua sentença Seria cumprida. "Por que adiar o inevitável?" perguntou-lhe um amigo. "Não é inevitável," ele respondeu, "as chances são Quatro a um a meu favor. Dentro de um ano:

O rei pode perder o trono.

Eu posso Fugir.

O Cavalo pode fugir.

Eu posso ensinar o cavalo a voar.

Freqüentemente nos vemos diante de obstáculos difíceis e aparentemente impossíveis de transpor.

Por mais que busquemos soluções, elas parecem não existir. o primeiro impulso nos convida a desistir, mas é preciso que jamais esqueçamos que para o nosso amado Deus todas as coisas são possíveis.

Há alguns séculos atrás, costumava-se dizer que o homem jamais poderia voar.

"Se Deus quisesse que o homem voasse, teria lhe dado asas."

Porém, hoje, em poucas horas o homem atravessa um oceano e vai para outro continente!

Assim como o súdito de nossa estória, aprendamos a olhar a situação com otimismo. Para cada possibilidade adversa, muitas favoráveis poderão ser encontradas, e, com muita fé e determinação, o que parecia impossível logo será realidade.

Não esmoreça nunca. Mesmo que tudo indique o contrário, creia: o seu cavalo pode voar!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

MEU ANJO AMIGO!


MEU ANJO AMIGO

DESCOBRI QUE SOMO ANJOS DE UMA ASA SÓ...
... E QUE EU PRECISO DE VOCÊ PARA PODER VOAR!!!